sábado, 16 de novembro de 2013

Existem situações em que ficamos perdidos na encruzilhada do momento.

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QUANDO ESTAMOS NO MEIO

Estou olhando em um espelho, não sei quem eu sou, esqueci de mim e de minhas raízes.
Estou observando de fora, agora, tentando me reconhecer novamente; tentando conhecer minha verdadeira essência.
Entrei em uma sala cheia de espelhos e cada imagem reflete uma parte de mim, que eu desconheço.
Então, tento compreender o que vejo.
A pessoa que eu observo não me parece mais a pessoa que eu era, nem tampouco me parece a pessoa que eu sou agora.
Eu tento descobrir quem é essa pessoa e o que ela representa.
Qual parte de mim está me olhando?
Muitos dizem que isso é evolução, outros chamam de aprendizagem.
Existem aqueles que diriam, que é apenas uma fase, uma passagem ou um momento.
Não sei,  pois cada um possui uma definição diferente.
O que eu estou vivendo: o início de um novo ciclo ou o fim de uma jornada? Isso é o começo ou o fim de uma estrada?
Será que eu consegui aprender o que era para eu aprender?
Será que consegui entender como cheguei até aqui ou porque cheguei...?
Como andei e como agi estavam de acordo com o plano traçado?
Eu deveria ter mudado alguma coisa durante a trajetória?
São tantas perguntas e tantas indagações.
Estou em uma sala escura esperando atendimento e explicações.
Essa sala escura é minha sombra interior - é o lado obscuro de minh'alma.
Essa espera é o tempo que me resta.
Eu pensava que sabia todas as respostas; mas, agora, eu sei que desconheço todas as perguntas.
Todo esse tempo que eu passei estudando; pensei que aprendi alguma coisa... Mas, pouco me lembro do que aprendi.
Lembro-me de coisas sem importância, até banais, eu diria, coisas que não me parecem ser desse mundo ou desse tempo ou, até mesmo, desse espaço.
Essas coisas confundem-se dentro de mim, como eu me confundo com elas.
Eu preciso saber quem eu sou ou o que eu sou agora.
Nesse momento, olho novamente para a sala e ela está branca - quase translúcida - e eu estou no meio.
Eu sou um ponto branco em uma sala branca.
A luz é tão forte que não consigo visualizar a forma do local e não sei de onde vem a luz.
Acho que eu dormi e acordei e dormi de novo e acordei novamente.
Então, me vi numa encruzilhada da vida sem um destino.
Deve ser assim que muitos se sentem quando estão à beira da morte ou quando enfrentam seu último lamento.
Eu ainda não vi nenhum túnel de luz e ninguém me chamou...
Então, tudo isso pode ser apenas um sonho ou uma imagem em minha mente.
Estou esperando para acordar ou para saber em que direção seguir.
Essa é a minha encruzilhada pessoal, é o meu caminho do meio, é o meu destino final.
Então, em breve eu saberei quem eu sou e porque vim até aqui.

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